No passado dia 18 de fevereiro realizou-se o retiro paroquial de catequistas. Ficam aqui as palavras do pregador António Ribeiro de Matos:
Um retiro é sempre tempo de uma viagem especial! É tempo de viajar com Deus na beleza da nossa vida! É tempo de caminhar de mão dada com Aquele que sempre nos sustenta!
Foi esta viagem que fizeram muitos catequistas no passado dia 18 de Fevereiro. Uma viagem pelo deserto onde Deus Se revela, onde lutamos com Ele e onde somos marcados pelo Seu amor! Neste deserto fomos chamados a caminhar até à Samaria e olhar de forma mais profunda o encontro entre Jesus e a Samaritana.
Nesta viagem reconhecemos como Jesus faz caminho para chegar até nós e até desvia caminho se for necessário. Fomos então chamados a olhar o nosso poço de Jacob e a reconhecer que é lá que Jesus, cansado de uma viagem, nos surpreende com o pedido de água. Na altura como hoje, à Samaritana como a nós, Jesus surpreende ao mostrar-se necessitado, com sede. Mais surpreendente ainda é perceber que a sede que Jesus tem é sede de cada um de nós! Só a nossa adesão a Ele pode matar tão grande sede.
É na surpresa que Jesus é que as surpresas da nossa vida são reveladas. No olhar a relação com Ele, com os outros, no caminho percorrido e a percorrer, Jesus revela coisas acerca de nós que são verdadeiras surpresas, umas agradáveis e outras mais difíceis de acolher. Aliás, só possíveis de acolher porque reveladas pelo Amor que só Deus é!
Fomos então desafiados a olhar para Jesus e a dizer com a Samaritana: “vejo que…”, para depois com a mesma Samaritana dizermos: “vinde ver…”. Fomos convidados, depois de um encontro com Jesus, a reconhecer a bilhas que devemos deixar para trás, para depois conseguirmos correr às cidades de hoje, para anunciar com a mesma eficácia de então, quer isto dizer com a capacidade de chamar todos.
O percurso foi claro. Caminhar pela vida e deixar que Deus me revelasse o mais íntimo de mim mesmo. Contemplar esse encontro e reconhecer o seu significado. Largar confiadamente as seguranças e partir ao anúncio reconhecendo que fazemos parte de uma história muito maior do que nós. Mas o desafio que nos fica é de nos reconhecermos também com sede e de nunca nos cansarmos de Lhe dizer: “Senhor, dá-me dessa água”.
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