A propósito da ideologia do género - Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa


A Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma Carta Pastoral intitulada A propósito da ideologia do género, na qual pretendem chamar a atenção para um movimento cultural com reflexos na compreensão da família, na esfera política e legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente.

Referem os Bispos que a origem desta Carta Pastoral prendeu-se com o desejo de apresentar a visão mais sólida e mais fundante da pessoa, milenarmente descoberta, valorizada e seguida, e para a qual o humanismo cristão muito contribuiu. Acreditamos que este mesmo humanismo, atualmente, é chamado a dar contributo válido na redescoberta da profundidade e beleza de uma sexualidade humana corretamente entendida.
Trata-se da defesa de um modelo de sexualidade e de família que a sabedoria e a história, não obstante as mutações culturais, nos diferentes contextos sociais e geográficos, consideram apto para exprimir a natureza humana.

Para o humanismo cristão, não há lugar a dualismos: o desprezo do corpo em nome do espírito ou vice-versa. O corpo sexuado, como todas as criaturas do nosso Deus, é produto bom de um Deus bom e amoroso. Uma segunda verdade a considerar na visão cristã da sexualidade é a da pessoa humana como espírito encarnado e, por isso, sexuado.
Porque a pessoa humana é a totalidade unificada do corpo e da alma, existe necessariamente, como homem ou mulher.

 A ideologia do género surge, assim, como uma antropologia alternativa, quer à judaico-cristã, quer à das culturas tradicionais não ocidentais. Nega que a diferença sexual inscrita no corpo possa ser identificativa da pessoa; recusa a complementaridade natural entre os sexos; dissocia a sexualidade da procriação; sobrepõe a filiação intencional à biológica; pretende desconstruir a matriz heterossexual da sociedade (a família assente na união entre um homem e uma mulher deixa de ser o modelo de referência e passa a ser um entre vários).

A Carta Pastoral refere que a teoria da ideologia do género parte da distinção entre sexo e género, forçando a oposição entre natureza e cultura.

A difusão da ideologia do género encontra-se em vários âmbitos que vão desde o linguístico, político, legislativo e no ensino.

A diferenciação sexual inscrita no desígnio da criação tem um sentido que a ideologia do género ignora. Reconhecê-la e valorizá-la é assegurar o limite e a insuficiência de cada um dos sexos, é aceitar que cada um deles não exprime o humano em toda a sua riqueza e plenitude. É admitir a estrutura relacional da pessoa humana e que só na relação e na comunhão (no ser para o outro) esta se realiza plenamente. Essa comunhão constrói-se a partir da diferença. A mais básica e fundamental, que é a de sexos, não é um obstáculo à comunhão, não é uma fonte de oposição e conflito, mas uma ocasião de enriquecimento recíproco. O homem e a mulher são chamados à comunhão porque só ela os completa e permite a continuação da espécie, através da geração de novas vidas. Faz parte da maravilha do desígnio da criação. Não é, como tal, algo a corrigir ou contrariar.

Em conclusão, referem os Bispos que a ideologia do género não só contrasta com a visão bíblica e cristã, mas também com a verdade da pessoa e da sua vocação. Prejudica a realização pessoal e, a médio prazo, defrauda a sociedade. Não exprime a verdade da pessoa, mas distorce-a ideologicamente.
As alterações legislativas que refletem a mentalidade da ideologia do género -concretamente, a lei que, entre nós, redefiniu o casamento - não são irreversíveis. E os cidadãos e legisladores que partilhem uma visão mais consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família são chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar.

 A resposta mais eficaz às afirmações e difusão da ideologia do género há de resultar de uma nova evangelização. Trata-se de anunciar o Evangelho como este é: boa nova da vida, do amor humano, do matrimónio e da família, o que corresponde às exigências mais profundas e autênticas de toda a pessoa. A esse anúncio são chamadas, em especial, as famílias cristãs, antes de mais, mediante o seu testemunho de vida.

Ensaio para a Festa de Natal, 23 de Novembro

No próximo Sábado, dia 23 de Novembro, haverá um ensaio para todos os intervenientes na Festa de Natal. O ensaio realiza-se depois da Missa da Catequese, pelas 17h30.

Questionário para o Sínodo da Família

O Papa Francisco proclamou a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar no Vaticano de 5 a 19 de Outubro de 2014 sobre o tema: Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.

Para preparar esta Assembleia, o Papa convida todos os cristãos a responder ao inquérito sobre a realidade familiar. Para dar seguimento a esta consulta, a Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa disponibiliza um questionário, facilitando o contributo de cada fiel católico.

O questionário estará disponível nesta ligação até 8 de Dezembro de 2013. O seu preenchimento demora aproximadamente 60 minutos.

Não perca a oportunidade de participar nesta consulta histórica, e assim contribuir para o discernimento sinodal!

A Igreja Católica agradece a sua participação.

Adoração Eucarística - Encerramento do Ano da Fé, 23 de Novembro

As crianças e adolescentes vão juntar-se no próximo Sábado, às 12h, na Igreja Paroquial, para Adoração Eucarística por ocasião do encerramento do Ano da Fé.

Contamos com a presença alegre de toda a família da catequese.

Reunião de Pais dos adolescentes do 6º Catecismo, 19 de Novembro

Na 3ª feira, dia 19 de Novembro, às 19h, realiza-se uma reunião de Pais dos adolescentes do 6º Catecismo, no Salão Paroquial.

Que os Pais sejam presença viva na educação da fé dos seus filhos.

Semana dos Seminários 2013

Semana dos Seminários 2013

Semana dos Seminários 2013


Semana dos Seminários 2013 - Para que Cristo se forme em nós

O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. Virgílio Antunes, disse à Agência ECCLESIA que a acção pastoral neste sector “é um dos grandes desafios” que a Igreja tem de enfrentar hoje.

A pastoral das vocações sacerdotais é um dos lugares em que podemos manifestar a força da nossa fé e da nossa esperança, até porque esta questão está envolta por um conjunto de dificuldades que são próprias do tempo em que nós vivemos, declarou o bispo de Coimbra, à margem da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa que decorre em Fátima até quinta-feira.

O responsável falava a respeito da Semana dos Seminários que decorre até domingo, este ano dedicada ao tema Para que Cristo se forme em nós.

Segundo este responsável, a alusão à “crise de vocações” resulta de uma linguagem “marcada por algum desânimo, falta de confiança, de esperança”.

O caminho não é falar de crise, é falar de trabalho a realizar, de modos e de meios, de experiência que levem à descoberta da vocação sacerdotal por parte dos jovens, destacou o bispo de Coimbra.

O prelado admite que se vive um momento em que as decisões “tendem a ser adiadas”, o que acaba por “repercutir-se nas entradas no Seminário”.

Uma opção que hoje vai para lá do “ponto de vista económico, do estatuto social”.

Penso que os jovens, quando avançam, é por uma consciência de fé e uma descoberta vocacional, sustenta D. Virgílio Antunes.

Para o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, as comunidades e instituições católicos devem propor “meios de encontro com Cristo, com o caminho vocacional”.

Trata-se de avançar com muita coragem, determinação, fé, esperança neste trabalho de aproximar os jovens de Cristo e Cristo dos jovens, uma vez que o caminho vocacional passa inevitavelmente por aqui.

Na mensagem que escreveu para esta iniciativa nacional, D. Virgílio Antunes apresentava a Semana dos Seminários como uma grande oportunidade para que todas as comunidades cristãs reavivem a consciência de que hão de estar sempre abertas a acolher Cristo e a permitir que Ele se forme nelas.

O guião e respetivos contributos para a Semana dos Seminários pode ser consultado na página http://www.ecclesia.pt/semanaseminarios2013/.