Encontros de catequese interrompidos no dia 25 de Abril
No dia 25 de Abril, feriado nacional, são interrompidos os encontros de Catequese.
Visita do 6º catecismo aos assistidos de S. Vicente de Paulo, 10 de Abril
Algumas crianças que frequentam o 6º Catecismo na nossa Paróquia, realizaram, no dia 10 de Abril, uma entrega de bens alimentares a famílias assistidas pela Conferência S.Vicente de Paulo, que haviam sido recolhidos durante a Quaresma.
O encontro com os assistidos desta Conferência revestiu-se de alegria, partilha e oração.
Que o Senhor ajude as crianças a crescer na caridade e no amor do Pai.
Jornada Diocesana da Juventude 2013, 21 de Abril
Os jovens da nossa paróquia irão participar na Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), organizada pelo serviço da juventude do Patriarcado de Lisboa. Esta jornada realiza-se no próximo Domingo, dia 21 de Abril, e é dedicado ao tema Ide e fazei discípulos de todas as nações (Mt 28, 19).
A JDJ Lisboa será um dia de encontro, alegria, reflexão e partilha entre os jovens da nossa Diocese de Lisboa.
Aqui ficam mais alguns detalhes acerca do programa / horas:
10h00 – Colégio São José – Restelo: Acolhimento e tema “A Missão”
12h30 – Almoço nos Jardins de Belém
13h30 – Colégio Casa Pia: Tema “Ser testemunha”
15h00 – Praça do Império – Oração
16h00 – Colégio Casa Pia – Encontro com o Cardeal Patriarca de Lisboa
17h00 – Jerónimos – Eucaristia
18h30 – Colégio Casa Pia – Concerto de Encerramento
Além dos movimentos e grupos de jovens que estarão presentes a animar cada momento, existirão também os testemunhos do padre Miguel Almeida, do Gonçalo e da Maria João Archer, do Fernando d’Oliveira e do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Acompanhemos e rezemos pelos jovens na sua caminhada de fé.
50ª Semana de Oração pelas Vocações, 14 a 21 de Abril
A Igreja celebra, de 14 a 21 de Abril, a 50ª Semana de Oração pelas Vocações, este ano dedicada ao tema As vocações sinal da esperança fundada na fé.
Rezemos por todas as vocações da nossa Igreja.
Oração para a 50ª Semana das Vocações
Deus Pai, fonte da vida,
que pelo teu filho, Jesus Cristo,
nos deste o Espirito de confiança e de amor:
envia operários para a tua Igreja;
dá vitalidade de fé
a cada família, paróquia e diocese,
onde desabrochem numerosas vocações sacerdotais e religiosas
e os baptizados vivam generosamente o Evangelho,
ilumina com a santidade da tua palavra
os pastores e os consagrados;
anima os jovens nos seminários e nas casas de formação;
renova a esperança na Igreja e continua a chamar muitos
para que nunca faltem testemunhas autênticas,
transfiguradas no encontro contigo,
e anunciadoras da tua alegria à comunidade cristã e aos irmãos.
Ámen.
Festival Vicarial da Canção Cristã
Teve lugar, no passado dia 13 de Abril, no Centro Social Paroquial do Calhariz de Benfica, o VII Festival da Canção Cristã da Vigararia III.
Estiveram a concurso 6 canções, representantes das paróquias:
Nossa Senhora do Amparo de Benfica
Sagrada Família do Calhariz de Benfica
Nossa Senhora dos Prazeres
Nossa Senhora da Ajuda
Nossa Senhora da Lapa - Estrela
Santa Maria de Belém
A canção da paróquia de Santa Maria de Belém foi a grande vencedora. O 2º e o 3º lugar ficaram entregues às paróquias de Nossa Senhora da Ajuda e Nossa Senhora dos Prazeres, respectivamente.
Houve ainda lugar para as seguintes menções honrosas:
Melhor Letra: Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda
Melhor Música: Paróquia de Santa Maria de Belém
Melhor Interpretação: Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres
Alegramo-nos pela participação de tantos jovens neste festival. Que a música seja também forma de encontro com o Senhor.
Reunião de Pais das crianças do 5º Catecismo, 17 de Abril
Na 5ª feira, dia 17 de Abril, às 19h, realiza-se uma reunião de Pais das crianças do 5º Catecismo, no Salão Paroquial.
Que os Pais sejam presença viva no educar da fé dos seus filhos.
Tema da Peregrinação das Crianças 2013: Coração de Maria, refúgio e caminho
No terceiro ano da celebração do Centenário das Aparições, o tema pastoral proposto aos peregrinos centra-se na mensagem da segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima, a 13 de junho de 1917. Também a Peregrinação das Crianças, a 9 e 10 de junho próximo, assumirá o desafio de falar aos mais novos sobre este acontecimento e sobre a mensagem aqui deixada por Maria.
“Desta segunda aparição, destacamos de modo especial, as palavras reconfortantes de Nossa Senhora à pastorinha Lúcia, perante o sofrimento pela notícia de ficar sem os seus primos: ‘Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus’. Destas palavras, extraímos o tema da Peregrinação: ´Coração de Maria, refúgio e Caminho´”, destaca o Santuário de Fátima através da comissão organizadora da peregrinação.
Pretende mostrar-se às crianças que “o Coração da Mãe de Deus é, de facto, refúgio e caminho, não só para as crianças de todos os tempos, mas também para todos aqueles que se acolhem à sua maternal proteção”.
Considerando que para as crianças, mais ainda do que para os adultos, a segurança e a proteção que o coração da Mãe de Deus promete e pode dar é uma boa notícia, torna-se necessário criar nas crianças “uma atitude interior geradora de confiança e paz, que tem de ser ativada e cultivada no coração das nossas crianças”.
Assim, ao preparar as crianças para a peregrinação visa-se ajudá-las a desenvolver essa atitude de abertura a Deus por Maria. “Por aqui passa também a nossa tarefa de educadores cristãos”, refere a comissão organizadora desta peregrinação que se realiza há mais de trinta anos.
Testemunhos dos Crismas e 1ª Comunhão
O que eu gostei mais foi de comungar e o que eu gostei menos foi que o Bispo me meteu óleo com perfume. Quer dizer gostei de fazer o Crisma mas não gostei que o Bispo me metesse o óleo.
Depois fomos para o Salão Paroquial receber os diplomas com o Padre Traquina e depois fomos embora.
Mas apesar de não ter gostado de algumas coisas senti-me feliz.
Afonso da Bernarda
Primeiro fomos para a igreja, sentámo-nos nos nossos lugares. Ouvimos o padre, respondemos às perguntas, ...
Depois acendemos as velas, o padre falou, quando acabou apagámos as velas.
A seguir fomos ao altar com a nossa madrinha, o D. Joaquim Mendes deu-nos o Crisma. Voltámos para os nossos lugares.
Depois comungámos. Quando saímos da igreja, fomos para o salão e deram-nos os diplomas. Antes de sair do salão, a Inês deu-me uma dezena.
Eu tirei fotos com pessoas.
Catarina Canhoto
No dia da minha 1ª comunhão e do meu crisma acendi a minha vela do batismo e quando o bispo D. Joaquim Mendes nos fazia perguntas nós tínhamos de levantar a vela e respondíamos. Depois disso fomos fazer o crisma; quando a minha madrinha de crisma me pôs a mão no meu ombro eu estava a tremer com nervos. O sr. Bispo pôs-me o óleo na testa e fez-me o sinal da cruz e disse-me: A paz de Cristo. E eu disse amen. Quando fui comungar pela 1ª vez senti um sabor diferente do sabor que comi na sexta-feira.
Leonor Amaral
No dia 7 de Abril de 2013 fiz o Crisma e a Primeira Comunhão.
Gostei quando fui crismada, e o Bispo D. Joaquim Mendes me meteu uma cruz em óleo perfumado na testa.
Também gostei quando estavam todas as crianças de velas acesas.
Quando fomos para o Salão Paroquial, para recebermos os diplomas do Crisma e da Primeira Comunhão, gostei de o receber pelo Padre Traquina.
Foi um dia muito importante e divertido.
Maria Beatriz Roque
Testemunhos dos Crismas e 1ª Comunhão
No dia 31/3/13 recebi 2 sacramentos o crisma e a 1ª comunhão e fiz a profissão de fé.
Foi um dia muito bom pois recebi o corpo de Cristo.
Também foi muito bom receber os sacramentos pelo D. Joaquim Mendes (bispo auxiliar de Lisboa).
A experiência foi assim tão boa porque pude partilhá-la com os meus colegas,família e catequista.
É um dia que vai ficar na minha memória para sempre.
Lua Maria Dias
VII Festival Vicarial da Canção Cristã, 13 de Abril
O Festival vai realizar-se no Centro Social Paroquial do Calhariz de Benfica (Rua Mariano Pina). As portas vão abrir às 19h30, sendo que o espectáculo começa às 21h00, com a Paróquia de Benfica a ser a primeira paróquia a atuar. Quem quiser jantar por lá, serão servidos jantares (cachorros, pizzas) a partir das 19h30.
O custo de entrada é de 2€, se o bilhete for comprado com antecedência, e 2,5€, se for comprado no próprio dia (13 de Abril). Grupos a partir de 20 elementos têm um desconto de 10% no preço final, se os bilhetes forem adquiridos até dia 12 de Abril. As crianças até aos 10 anos não pagam!
É necessário fazer as reservas (mesmo as das crianças) para garantir lugares e garantir o preço de 2€ ou 10% desconto para grupos.
Para reservar envie um email com o assunto "Entrada" e com o(s) nome(s) completo(s) e as idades para: 7festivalcancao.v3@gmail.com.
Na Paróquia, está a ser organizado um grupo para participar com preço reduzido. Todas as pessoas que quiserem juntar-se devem contactar algum dos animadores juvenis até ao fim do dia de 4ª-feira, dia 10 de Abril.
Estão seis canções a concurso, que representam as seguintes paróquias:Sagrada Família do Calhariz de Benfica
Santa Maria de Belém
Nossa Senhora da Ajuda
Nossa Senhora dos Prazeres
Nossa Senhora da Lapa - Estrela
Nossa Senhora do Amparo de Benfica
Na 2ª parte do Festival, serão divulgados os vencedores do concurso de fotografia organizado pela paróquia de Carnide. Será também dado a conhecer o vencedor do VII Festival Vicarial da Canção que irá representar a Vigararia III no XVIII Festival Diocesano da Canção, no dia 28 de Setembro de 2013.
Os jovens contam com a participação e apoio, de toda a comunidade paroquial, em mais um festival da canção cristã!
Crismas e 1ª Comunhão, 7 de Abril
No Domingo da Divina Misericórdia, dia 7 de Abril, 40 crianças que frequentam o 4º catecismo e uma criança que frequenta o 6º catecismo na nossa Paróquia, receberam Sacramentos de Iniciação Cristã (Crisma e Eucaristia). A celebração foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes.
Que estas crianças possam acolher com fé e alegria o Espírito Santo, para que os configure com Cristo e os faça ser alegres testemunhas.
Partilhemos a alegria das crianças (parte 1)
Partilhemos a alegria das crianças (parte 2)
Testemunhos dos Crismas e 1ª Comunhão
No dia 31 de Março, dia de Páscoa, eu fiz a 1ª Comunhão e o Crisma. Gostei muito desse dia porque confirmei o meu Baptismo e comunguei pela 1ª vez. O que eu gostei mais foi de receber o Corpo de Cristo. Gostei muito deste dia!!
Maria Francisca Sarmento
No dia 31/3/13 aconteceu que fiz os 2 sacramentos que foram os seguintes: o Crisma e a 1ª Comunhão. Quando comunguei pela 1ª vez senti-me com mais vontade de ir à Missa. Tanto que neste dia 4 de Abril (quinta-feira) pedi à Xana se podíamos ir à Missa para eu poder comungar.
Carolina Dias
Eu vou achar que no dia 7 de Abril irei receber uma grande responsabilidade, irei receber o Corpo de Cristo, vou fazer a primeira comunhão, o Crisma.
Terei que estar muito bem preparado para receber Deus.
Vai ser um dia muito importante para os Crismandos e para os que ainda não fizeram a primeira comunhão, porque irei receber dois Sacramentos pelo qual estou muito à espera.
José Guilherme Silva
Eu acho que vai ser muito bom fazer o crisma e a 1ª comunhão e vou conseguir receber os sete dons do Espírito Santo e alimentar-me pela primeira vez pelo Corpo de Cristo. E isso vai ser muito bom.
Eu vou sentir uma grande alegria no meu coração.
Tríduo Pascal, símbolos e espiritualidade
O cónego Luís Manuel Pereira Silva, professor de liturgia na Universidade Católica Portuguesa e pároco da Sé de Lisboa, apresenta os momentos centrais do ciclo de celebrações que leva os católicos da Quinta-feira Santa ao Domingo de Páscoa.
Agência ECCLESIA (AE) – O que celebra a Igreja nestes dias centrais do seu calendário litúrgico?
Luís Manuel Silva (LMS) – A Igreja celebra, anualmente, de maneira solene a Páscoa, a que chamamos o Tríduo Pascal (começa na Quinta-feira à tarde com a celebração da Ceia do Senhor e termina no Domingo de Páscoa, com as segundas vésperas). Na Quinta-feira Santa, o olhar e toda a vida da Igreja se centra no cenáculo, onde Jesus instituiu a Eucaristia e onde nos deixou o mandamento novo do amor. Expresso, concretamente, no gesto que São João nos relata, no capítulo 13 do seu evangelho, com o lava-pés.
AE – A espiritualidade da Quinta-feira Santa está centrada na Ceia do Senhor?
LMS – Na instituição da Eucaristia, onde Jesus dá um sentido novo a todo aquele rito. Ele próprio o diz, quando pega no pão e no vinho, «tomai e comei, tomai e bebei, este é o meu corpo, este é o meu sangue». A Páscoa começa com a própria celebração histórica, para Jesus, na última ceia, como uma nuvem da paixão do Senhor. Jesus celebra a última ceia, já envolvido por todos os acontecimentos.
Na última ceia, Jesus institui a Eucaristia de maneira a que a Igreja – ao longo dos séculos – possa sempre celebrar e renovar o memorial da Páscoa de Jesus, através de elementos que Ele próprio escolheu na última ceia. Elementos que ficassem como sinais, como presença, da sua vida e da sua obra redentora.
AE – O pão, a água e o vinho…
LMS – São elementos que Jesus escolheu na ceia hebraica. No entanto, é bom recordar que a ceia hebraica tinha outros elementos, como o cordeiro pascal, as ervas amargas. Há aqui um mistério de uma vida dada e de uma vida renovada que a Igreja pode, cada vez que celebra a Eucaristia, tornar presente. Isto é o aspecto mais impressionante, Jesus deixa-se presente para que o cristão, o baptizado, vá peregrinando no tempo, mas alimentando-se do pão que é da eternidade.
AE – Mas existe um segundo elemento desta ceia?
LMS – É o mandamento novo do amor. Jesus expressou-o no gesto do lava-pés. Realiza-o antes da própria instituição quando se levanta da mesa e coloca o avental. Este gesto - socialmente no tempo de Jesus era feito por criados e escravos – de lavar os pés aos presentes. Jesus toma, este gesto, como sinal daquilo que depois, historicamente, vai realizar na cruz: dar a vida e dá-la até ao fim.
O lava-pés é como que uma pré-figuração daquilo que será o acto supremo de Jesus na cruz de entrega, de doação de todo o seu ser, de toda a sua vida humana na cruz para nossa redenção. É um gesto que a liturgia da missa da ceia do Senhor tem e que é proposto, não é obrigatório, mas de renovarmos o lava-pés.
É interessante este aspecto. Jesus, neste gesto, escandaliza os discípulos e Pedro verbaliza esse escândalo. Jesus é firme com São Pedro: “Deixa que se cumpra o que é de justiça”. E depois termina: “Se eu que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, vós, meus discípulos, deveis lavar os pés uns aos outros”.
É nesta linha, que interpreto o Papa Francisco de ir celebrar a missa da Ceia do Senhor numa prisão de menores. É uma maneira, digamos, ao nível ritual, de valorizar este gesto. Normalmente, nas paróquias escolhe-se um grupo de paroquianos (escuteiros, jovens, adultos) e o pároco lava-lhe os pés.
AE – Recorda-se de algum lava-pés em especial?
LMS – Numa Páscoa, celebrei a Ceia do Senhor na Comunidade de Santo Egídio (Roma): foram lavados os pés, nesse gesto, aos pobres, os doentes, os representantes das faixas da comunidade cristã. Formas de valorizar o rito e não o infantilizar. O lava-pés deve ser a expressão de uma atitude constante da comunidade cristã, que ao celebrar a Ceia do Senhor, expressa naquele gesto a sua constante solicitude ao longo do ano por todo este tipo de pessoas ou situações humanas que se vivem.
AE – Estas são as cruzes diárias, mas a Cruz é o símbolo, em destaque, na Sexta-feira Santa?
LMS – Em Sexta-feira Santa, no horizonte da Igreja, ergue-se a Cruz do Senhor. A cruz como sinal da pior das mortes, da morte mais infame, mas que para nós, cristãos, é o sinal da glória. Por exemplo, em São João, é importante este sentido da glória da cruz. Aliás, Jesus passa a sua vida pública, em São João, a dizer: “Ainda não chegou a minha hora”. Repete esta expressão várias vezes, até que quando sobe a Jerusalém, para celebrar a Páscoa pela última vez na sua vida e fará a sua própria Páscoa, Jesus diz, abertamente, que “chegou a hora”.
Esta hora, é a hora da cruz, da glorificação que ao mesmo tempo é paradoxal. A crucificação era para os malfeitores.
AE – Como é que a Igreja recorda esses momentos? Como exalta a cruz em Sexta-feira Santa?
LMS – Nos primeiros séculos, a cruz era olhada com uma certa relutância, devido a este aspecto de ignomínia. Até na arte cristã, a cruz não aparece logo. Depois há uma reabilitação da cruz, como sinal da glória.
A estrutura da celebração de sexta-feira tem três momentos: liturgia da palavra, apresentação e adoração da santa cruz e o rito da comunhão.
Depois da comunidade cristã ter escutado todo o relato da paixão, meditado o texto de Isaías e a carta aos hebreus, a Igreja centra-se na contemplação, quando a cruz entra (a celebração começa sem cruz no templo, nem velas acesas, um total despojamento).
A cruz é apresentada e a comunidade cristã aclama-a por três vezes quando se diz: «Eis o madeiro da cruz no qual esteve suspenso o Salvador do mundo».
AE – Esta aclamação é um misto de adoração, exaltação e súplica?
LMS – Verdade. Diante da cruz do Senhor desvanece-se tudo aquilo que no ser humano nos afasta da cruz: orgulho, auto-suficiência, inveja… Contemplando a cruz do Senhor e o que ali esteve de decisivo para a história da humanidade, a morte e a vida travaram um duelo admirável. Este duelo travou-se na cruz. Naquela morte está o drama da história da humanidade, o drama da história de cada um de nós.
AE – A dramaticidade da Sexta-feira Santa dá lugar ao silêncio no sábado santo que desemboca na vigília pascal. Uma celebração carregada de simbolismo?
LMS – A vigília pascal é a grande noite dos cristãos. É a santa noite dos cristãos. Aliás, na liturgia há uma valorização da noite. Nessa noite, a Igreja reunida aguarda, expectante, a Ressurreição do Senhor. Celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. A vigília pascal é também uma vigília cósmica onde os quatro elementos da natureza estão presentes: terra, ar, fogo e água. Estes elementos foram escolhidos por Ele para a vida sacramental da Igreja.
AE – A luz irrompe da escuridão…
LMS – Em todo o tempo pascal, o círio estará ao lado do ambão. É nessa luz de Cristo Ressuscitado que a comunidade cristã lê as escrituras e toda a história da salvação.
AE – Na liturgia baptismal surge o símbolo da água.
LMS – A bênção da água. Nessa água serão baptizados os catecúmenos e com essa água é aspergida toda a assembleia cristã. A assembleia renova, de maneira solene, os votos do seu baptismo. A água aparece como símbolo da vida. O baptismo é este viver para uma vida nova. Na água do baptismo morre o homem velho.
AE – Esse homem novo recebe mais tarde o Crisma. Esse sopro do Espírito Santo.
LMS – Esse é o símbolo do ar. É o símbolo da vida renovada e confirmada. Toda a palavra proclamada vive neste sentido da simbólica do ar.
AE – E onde encontramos o símbolo da terra?
LMS – A terra está presente no pão e no vinho. Celebrar a Páscoa de maneira solene não é um conjunto de ritualidade. É uma vida que se vai transformando através da realidade sacramental.
Agência ECCLESIA (AE) – O que celebra a Igreja nestes dias centrais do seu calendário litúrgico?
Luís Manuel Silva (LMS) – A Igreja celebra, anualmente, de maneira solene a Páscoa, a que chamamos o Tríduo Pascal (começa na Quinta-feira à tarde com a celebração da Ceia do Senhor e termina no Domingo de Páscoa, com as segundas vésperas). Na Quinta-feira Santa, o olhar e toda a vida da Igreja se centra no cenáculo, onde Jesus instituiu a Eucaristia e onde nos deixou o mandamento novo do amor. Expresso, concretamente, no gesto que São João nos relata, no capítulo 13 do seu evangelho, com o lava-pés.
AE – A espiritualidade da Quinta-feira Santa está centrada na Ceia do Senhor?
LMS – Na instituição da Eucaristia, onde Jesus dá um sentido novo a todo aquele rito. Ele próprio o diz, quando pega no pão e no vinho, «tomai e comei, tomai e bebei, este é o meu corpo, este é o meu sangue». A Páscoa começa com a própria celebração histórica, para Jesus, na última ceia, como uma nuvem da paixão do Senhor. Jesus celebra a última ceia, já envolvido por todos os acontecimentos.
Na última ceia, Jesus institui a Eucaristia de maneira a que a Igreja – ao longo dos séculos – possa sempre celebrar e renovar o memorial da Páscoa de Jesus, através de elementos que Ele próprio escolheu na última ceia. Elementos que ficassem como sinais, como presença, da sua vida e da sua obra redentora.
AE – O pão, a água e o vinho…
LMS – São elementos que Jesus escolheu na ceia hebraica. No entanto, é bom recordar que a ceia hebraica tinha outros elementos, como o cordeiro pascal, as ervas amargas. Há aqui um mistério de uma vida dada e de uma vida renovada que a Igreja pode, cada vez que celebra a Eucaristia, tornar presente. Isto é o aspecto mais impressionante, Jesus deixa-se presente para que o cristão, o baptizado, vá peregrinando no tempo, mas alimentando-se do pão que é da eternidade.
AE – Mas existe um segundo elemento desta ceia?
LMS – É o mandamento novo do amor. Jesus expressou-o no gesto do lava-pés. Realiza-o antes da própria instituição quando se levanta da mesa e coloca o avental. Este gesto - socialmente no tempo de Jesus era feito por criados e escravos – de lavar os pés aos presentes. Jesus toma, este gesto, como sinal daquilo que depois, historicamente, vai realizar na cruz: dar a vida e dá-la até ao fim.
O lava-pés é como que uma pré-figuração daquilo que será o acto supremo de Jesus na cruz de entrega, de doação de todo o seu ser, de toda a sua vida humana na cruz para nossa redenção. É um gesto que a liturgia da missa da ceia do Senhor tem e que é proposto, não é obrigatório, mas de renovarmos o lava-pés.
É interessante este aspecto. Jesus, neste gesto, escandaliza os discípulos e Pedro verbaliza esse escândalo. Jesus é firme com São Pedro: “Deixa que se cumpra o que é de justiça”. E depois termina: “Se eu que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, vós, meus discípulos, deveis lavar os pés uns aos outros”.
É nesta linha, que interpreto o Papa Francisco de ir celebrar a missa da Ceia do Senhor numa prisão de menores. É uma maneira, digamos, ao nível ritual, de valorizar este gesto. Normalmente, nas paróquias escolhe-se um grupo de paroquianos (escuteiros, jovens, adultos) e o pároco lava-lhe os pés.
AE – Recorda-se de algum lava-pés em especial?
LMS – Numa Páscoa, celebrei a Ceia do Senhor na Comunidade de Santo Egídio (Roma): foram lavados os pés, nesse gesto, aos pobres, os doentes, os representantes das faixas da comunidade cristã. Formas de valorizar o rito e não o infantilizar. O lava-pés deve ser a expressão de uma atitude constante da comunidade cristã, que ao celebrar a Ceia do Senhor, expressa naquele gesto a sua constante solicitude ao longo do ano por todo este tipo de pessoas ou situações humanas que se vivem.
AE – Estas são as cruzes diárias, mas a Cruz é o símbolo, em destaque, na Sexta-feira Santa?
LMS – Em Sexta-feira Santa, no horizonte da Igreja, ergue-se a Cruz do Senhor. A cruz como sinal da pior das mortes, da morte mais infame, mas que para nós, cristãos, é o sinal da glória. Por exemplo, em São João, é importante este sentido da glória da cruz. Aliás, Jesus passa a sua vida pública, em São João, a dizer: “Ainda não chegou a minha hora”. Repete esta expressão várias vezes, até que quando sobe a Jerusalém, para celebrar a Páscoa pela última vez na sua vida e fará a sua própria Páscoa, Jesus diz, abertamente, que “chegou a hora”.
Esta hora, é a hora da cruz, da glorificação que ao mesmo tempo é paradoxal. A crucificação era para os malfeitores.
AE – Como é que a Igreja recorda esses momentos? Como exalta a cruz em Sexta-feira Santa?
LMS – Nos primeiros séculos, a cruz era olhada com uma certa relutância, devido a este aspecto de ignomínia. Até na arte cristã, a cruz não aparece logo. Depois há uma reabilitação da cruz, como sinal da glória.
A estrutura da celebração de sexta-feira tem três momentos: liturgia da palavra, apresentação e adoração da santa cruz e o rito da comunhão.
Depois da comunidade cristã ter escutado todo o relato da paixão, meditado o texto de Isaías e a carta aos hebreus, a Igreja centra-se na contemplação, quando a cruz entra (a celebração começa sem cruz no templo, nem velas acesas, um total despojamento).
A cruz é apresentada e a comunidade cristã aclama-a por três vezes quando se diz: «Eis o madeiro da cruz no qual esteve suspenso o Salvador do mundo».
AE – Esta aclamação é um misto de adoração, exaltação e súplica?
LMS – Verdade. Diante da cruz do Senhor desvanece-se tudo aquilo que no ser humano nos afasta da cruz: orgulho, auto-suficiência, inveja… Contemplando a cruz do Senhor e o que ali esteve de decisivo para a história da humanidade, a morte e a vida travaram um duelo admirável. Este duelo travou-se na cruz. Naquela morte está o drama da história da humanidade, o drama da história de cada um de nós.
AE – A dramaticidade da Sexta-feira Santa dá lugar ao silêncio no sábado santo que desemboca na vigília pascal. Uma celebração carregada de simbolismo?
LMS – A vigília pascal é a grande noite dos cristãos. É a santa noite dos cristãos. Aliás, na liturgia há uma valorização da noite. Nessa noite, a Igreja reunida aguarda, expectante, a Ressurreição do Senhor. Celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. A vigília pascal é também uma vigília cósmica onde os quatro elementos da natureza estão presentes: terra, ar, fogo e água. Estes elementos foram escolhidos por Ele para a vida sacramental da Igreja.
AE – A luz irrompe da escuridão…
LMS – Em todo o tempo pascal, o círio estará ao lado do ambão. É nessa luz de Cristo Ressuscitado que a comunidade cristã lê as escrituras e toda a história da salvação.
AE – Na liturgia baptismal surge o símbolo da água.
LMS – A bênção da água. Nessa água serão baptizados os catecúmenos e com essa água é aspergida toda a assembleia cristã. A assembleia renova, de maneira solene, os votos do seu baptismo. A água aparece como símbolo da vida. O baptismo é este viver para uma vida nova. Na água do baptismo morre o homem velho.
AE – Esse homem novo recebe mais tarde o Crisma. Esse sopro do Espírito Santo.
LMS – Esse é o símbolo do ar. É o símbolo da vida renovada e confirmada. Toda a palavra proclamada vive neste sentido da simbólica do ar.
AE – E onde encontramos o símbolo da terra?
LMS – A terra está presente no pão e no vinho. Celebrar a Páscoa de maneira solene não é um conjunto de ritualidade. É uma vida que se vai transformando através da realidade sacramental.
Crismas e 1ª Comunhão, 7 de Abril
No Domingo da Divina Misericórdia, dia 7 de Abril, vão receber os Sacramentos do Crisma e Eucaristia (1ª Comunhão) 41 crianças que frequentam o 4º e 6º Catecismos na nossa Paróquia. A celebração será presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes, e tem início às 15h.
Neste dia, as crianças devem encontrar-se na Paróquia até às 14h, acompanhados dos seus Padrinhos. Todos os crismandos devem levar a vela do Baptismo.
Na 6ª feira, dia 5 de Abril, haverá um encontro de preparação para estas crianças. O encontro realiza-se na Igreja, com início às 19h45.
Que o Espírito Santo desça sobre cada uma destas crianças, para que, de coração aberto e disponível, possam acolher a Missão que Deus lhes confia.
Sacramentos de Iniciação Cristã, 31 de Março
No Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, dia 31 de Março, 38 crianças que frequentam o 4º catecismo e uma criança que frequenta o 6º catecismo na nossa Paróquia, receberam Sacramentos de Iniciação Cristã (Baptismo, Crisma e Eucaristia). A celebração foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes.
No próximo Domingo, dia 7 de Abril, 41 crianças do 4º catecismo recebem também o Sacramento do Crisma e da Eucaristia.
Que estas crianças possam acolher com fé e alegria o Espírito Santo, para que os configure com Cristo e os faça ser alegres testemunhas.
Partilhemos a alegria das crianças (parte 1)
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Missa Crismal, 28 de Março
Quando começou a Missa vieram os padres, acólitos, cónegos e bispos e alguns eu conhecia como o Padre Traquina, Padre Duarte, P. Binu, P. Natanael e o diácono Pedro.
Depois começou a tocar o órgão e o coro começou a cantar.
O Senhor Patriarca começou a falar e também gostei do juramento dos padres.
E gostei quando trouxeram os jarros com o óleo que foi abençoado.
E gostei muito da entrada e da bênção.
Daniel Pahomi
Quando o cortejo começou fiquei contente porque vi acólitos da nossa paróquia, e também vi diáconos, padres, cónegos da nossa paróquia.
Depois dos cónegos passaram os Bispos e o Senhor Cardeal Patriarca, D. José Policarpo. Os cânticos foram muito bonitos e nós gostámos muito de cantá-los. Ficámos logo à frente, num lugar especial e ficámos muito contentes. Ouvimos tudo com muita atenção e a Missa foi muito bonita.
O Padre Duarte fez-nos uma grande festa e o Padre Traquina também.
O Senhor Bispo, o D. Joaquim Mendes, também estava muito contente e conheceu-nos de Benfica e parecia muito contente por estarmos todos ali.
Éramos muitos, era uma camioneta de meninos e algumas catequistas. Também gostei de ouvir o juramento dos padres.
No Domingo vamos estar com o D. Joaquim Mendes que nos vai crismar e também vamos receber a comunhão pela primeira vez. Vai ser usado o óleo que foi abençoado pelo Senhor Cardeal Patriarca. E eu gostei muito dessa bênção.
Fui um dia muito importante para mim, porque gostei muito de participar na celebração da Missa Crismal.
Miguel Santos
Encontros de Catequese recomeçam a 2 de Abril
Os encontros de Catequese são retomados 3ª feira, dia 2 de Abril. Que a alegria de Cristo ressuscitado renove o coração de todas as crianças, jovens, familiares e catequistas.
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