Papa define catequistas como «memória de Deus» face ao vazio da «mundanidade»

O Papa disse hoje no Vaticano que os milhões de catequistas da Igreja Católica devem levar à humanidade a memória de Deus para evitar o esvaziamento do ser humano.

O catequista é um cristão que transporta em si a memória de Deus, que se deixa guiar pela memória de Deus em toda a sua vida e a desperta no coração dos outros, disse, na homilia da missa que concluiu a jornada mundial de catequistas, pelo Ano da Fé, na Praça de São Pedro.

Segundo Francisco, quando falta essa memória de Deus, tudo adoece na pessoa e reduz-se à dimensão do ter: A vida, o mundo, os outros perdem consistência, já não contam para nada.

O Papa advertiu as dezenas de milhares presentes na celebração para o “risco” da "mundanidade" e do comodismo, que levam a ter como centro o próprio bem-estar e esquecer os outros, em particular quem sofre.

Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade se tornam o centro da vida, agarram-nos, possuem-nos e nós perdemos a nossa própria identidade de homens, declarou.

Francisco reforçou a ideia de que o catequista é alguém que guarda e alimenta a memória de Deus e a coloca ao serviço do anúncio, não para se fazer ver, para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor.

Se perdermos a memória de Deus, também nós mesmos perdemos consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto.

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