Congresso Internacional de Catequese: Nova evangelização pede novos modelos de transmissão de fé

A catequese tem de se adequar ao ritmo da nova evangelização afirmou D. Rino Fisichella.

Deixar que a catequese continue a laborar como até agora, tendo a Igreja já adotado um caminho de nova evangelização, é um perigo que deve ser evitado, sublinhou o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização (PCPNE), durante o Congresso Internacional da Catequese (CIC).

O arcebispo pediu atenção aos “muitos adultos” que procuram a fé, entendendo que a Igreja deve procurar atender com uma catequese sistemática e não fragmentária, que ultrapasse a emotividade do primeiro anúncio.

O responsável pede um novo modelo de transmissão da fé, onde os bispos devem assumir o lugar da frente.

Chegou o momento de os bispos testemunharem a responsabilidade do anúncio catequético. Se o próprio Papa sente a necessidade de fazer catequese, não deveria ser essa também a nossa necessidade?

As mudanças sociais em países da “antiga tradição cristã” não podem causar “tristeza” à Igreja, mas “alegria”, devendo ser encaradas como “oportunidade”, uma vez que a sociedade entra “na fase da idade madura. Só assim se atinge a capacidade de ser autónomo e responsável”.

Nestas sociedades, “cada vez mais fragmentadas”, o crente não “está imune” e torna-se evidente que a fé baptismal não chega porque gera o analfabetismo religioso e a indiferença na vida comunitária, perdendo-se por isso o sentido de ser Igreja.

O presidente do PCPNE criticou uma catequese de tipo sacramental que se refere aos sacramentos de iniciação cristã e aí parece esgotar-se, esquecendo catecúmenos e catequese permanente para aprofundar a fé.

Nos países da “velha Europa”, “há uma brasa que ainda existe mas que já não é uma chama viva capaz de dar apoio à existência humana”, reflectiu D. Rino Fisichella, pedindo aos cristãos um “renovado” e “urgente” impulso para “encontrar métodos e conteúdos no processo de nova evangelização”.

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