Igreja quer antecipar início da Catequese para os dois anos de idade

A Igreja Católica em Portugal pretende antecipar o início da catequese das crianças para os dois anos de idade, com a contribuição das famílias e instituições como o jardim infantil e a escola.

O director do Secretariado Nacional da Educação Cristã, Diácono Acácio Lopes, considera que é muito tarde começar a aprendizagem da fé aos seis anos, como sucede habitualmente.

O despertar religioso deve ser feito em primeiro lugar em casa, de maneira natural, sem os tempos formais da catequese semanal. O responsável do Secretariado pretende testar esta possibilidade em algumas paróquias, a partir de experiências realizadas sobretudo nas dioceses de Lisboa, Leiria, Santarém e Setúbal.

Esta antecipação, que não anula o itinerário formativo tradicional – previsto para começar cerca dos seis anos, com sessões semanais de uma a duas horas ao longo de 10 anos – reforça a importância da família na catequese.

Além do acompanhamento em casa, pais, avós e familiares são convidados a introduzir as crianças nas actividades das paróquias. Acácio Lopes destaca que não faz sentido que a sua única participação na vida da comunidade seja a catequese semanal.

Uma das melhores catequeses que se pode dar é uma activa participação na Missa, em que os adultos não estejam só na celebração para ver se as crianças actuaram bem e fizeram umas coisinhas bonitas, assinala o dirigente, salientando que a formação cristã deve ser contínua e abarcar todas as faixas etárias.

O responsável admite que a instrução dos catequistas é uma preocupação do seu departamento e reconhece que é preciso atrair mais pessoas dispostas a comunicar a fé. Não resulta se lançarmos apelos a candidaturas, como se se tratasse de um emprego, dado que a catequese não é um saber intelectual mas testemunhal.

Acácio Lopes acredita que as propostas lançadas pelo Secretariado Nacional de Educação Cristã, em que se vê outra profundidade, rigor e entusiasmo nas paróquias e nas famílias, vão suscitar o surgimento dos “agentes” necessários.

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