Gonçalo Mendes, co-autor da música "Sê Livre", à qual o Júri atribuiu o prémio de Melhor Interpretação e ficou em 2º lugar na classificação geral, partilha connosco como foi participar no II Festival Juvenil da Canção Cristã.
“Olá a todos, e obrigado pela oportunidade que me deram ao criarem o festival, e por agora, me deixarem contar como me senti e sinto sobre toda esta experiência/aventura.
Foi gratificante poder voltar a um espaço que havia frequentado anteriormente (catequese de Benfica), sendo em circunstâncias diferentes, podendo voltar a ver e falar com pessoas familiares. Contudo este festival colocou-me nervoso por vários aspectos, primeiramente por ser uma surpresa para aqueles que me são familiares no meio da catequese de Benfica e poder desiludi-los com a minha prestação. Por outro lado, era a minha primeira experiência (actuar à frente de um público e de um júri) o que me deixava muito nervoso. Por fim, ao presenciar esta experiência com os meus amigos e familiares, trazia também uma pressão adicional ao momento da actuação.
Quando escrevemos a nossa música ainda não tínhamos definido o tipo de música que iriamos adoptar. Tentámos criar uma espécie de contraste / inovação no festival. Porque hoje em dia a música que atrai os jovens tem de ser inovadora e atractiva; quando compus na guitarra a música tentei fazer isso mesmo (inovar).
A partir de certa altura, as coisas foram surgindo naturalmente e, semanas antes do festival, eu e o resto do meu grupo (Inês e Vanessa) treinámos com afinco e dedicação para que o produto final saísse o melhor possível. Dou também os meus parabéns a todos os outros grupos que fizeram parte do festival, e em especial ao grupo vencedor.
Antes de actuar, o único objectivo que tinha não era o de vencer o festival, mas sim de sentir aquilo que fazia e agradar ao público presente. Se agradei ou não isso não me cabe a mim responder, mas no fim de tudo sentia-me completo por ter sentido aquilo que fiz (e que tanto trabalho me deu tanto a mim como aos restantes membros do grupo).
Neste momento sinto-me confuso em relação a tudo, se devo seguir esta vertente musical, se não devo seguir; é claro que gostava de fazer carreira neste mundo da música, mas tenho medo de não gostarem de me ouvir, de falhar / de me desiludir a mim e aos outros.
Mas o mais importante foi ter participado neste gratificante festival, é algo que nunca me irei esquecer com certeza. Contudo, acho que se aposta pouco na música hoje em dia, existem poucas iniciativas / oportunidades, e espero que venham a decorrer mais festivais para podermos evoluir na música.
Obrigado por tudo, Gonçalo Mendes”