Palavras de D. Jorge Ortiga no Dia Arquidiocesano do Catequista, em Braga



D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, apresentou aos Catequistas da Arquidiocese de Braga as suas reflexões para o Dia Arquidiocesano do Catequista.

Deixar no presente uma marca para o futuro é tomar consciência de que ser catequista é, em primeiro lugar, uma vocação. É um dom dom que nos é dado, que crescerá na medida em que cada um se deixar moldar pelo chamamento de Deus, na fidelidade a Cristo e à Igreja. Se perante esse dom respondemos sim a essa fidelidade, então não nos podemos perder em acções isoladas ou individualistas. Aceitar esse dom é aceitar a proposta que a Igreja faz, em nome de Jesus Cristo e através dos seus responsáveis e estruturas, a todos os que se sentem chamados a exercer o discipulado como catequistas. Como podemos pedir às crianças e adolescentes que participam na vida da Igreja, na comunidade crente, que sejam discípulas de Jesus, se nos fecharmos à novidade e às propostas que se nos oferecem? O testemunho diário de cada um gerará discípulos convictos da sua missão no mundo e na Igreja.

Dois desafios que se nos colocam: viver a Palavra de Deus e viver da Palavra, fazendo da nossa vida, quer seja catequista, padre ou leigo, a casa ou o templo onde o Verbo habita e orienta a nossa missão.

A vida e a experiência cristã do catequista forma e integra na comunidade, prepara homens e mulheres para viverem segundo Jesus Cristo. Não podemos ser apenas comunicadores de algo mas testemunhas vivas e alegres do amor de Deus por cada pessoa. 
Mas ser catequista, como vocação, é caminhar também para a santidade e na santidade da vida concreta, do dia-a-dia. O testemunho do catequista não pode ser apenas ao fim-de-semana. Um testemunho diário na oração, na fraternidade, na vida de fé comunitária. Reconhecendo que somos pecadores, inconscientes, infiéis, não podemos deixar de assumir a vontade de viver o Evangelho, que nos faz renovar todos os dias o nosso testemunho, apontando-nos o horizonte do que podemos ser como pessoas.

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